A lagarta

Estou a morrer
pois o início do meu fim
estou a pressentir.
Está aí o motivo de minha gula.

Estou a me isolar
para ser asfixiada
pela minha própria angústia
de querer voar.

Estou perecendo,
deixando de ter identidade própria
para morrer em meu abrigo,
futuro embrião.

Estou a morrer
para virar um novo ser.

Estou a viver
pois o fim do meu início
já começou...

Sou borboleta!