Notícia não noticiada de um sonho I

               Caminhava por entre a neblina que à medida que avançava sentia como que algo fosse levado.Não sabia se era homem ou mulher.Não sabia se era por causa da neblina ou por vontade própria que preferia não olhar para trás.Iria até o fim.Não queria lembrar esquecimentos relembrados em memórias dispersas.Sabia onde estava, apesar de pouco enxergar.Sua intuição enxergava por entre mundos e até o momento não falhara.Era tudo rústico, cheiro de madeira molhada pelo orvalho da manhã misturada em neve com um leve barulho reconfortante de passos que rangem.Imaginava o fim até parar seus passos para prestar atenção nos barulhos de pássaros que nasciam com a crescente aurora e eram silenciados pelo barulho de um rio lá embaixo.
               Com curiosidade, avançou para uma das bordas da ponte até se enconstar nas frias barras que lhe proporcionaram debruçar sobre o bêbado reflexo que levou-me a um passeio por entre as nuvens.

                Um corpo é encontrado pelo navio que passa.A ponte se ergue em adoração às estrelas que iluminam a noite.Passou.Apenas não queria lembrar esquecimentos relembrados em memórias banhados pelo rio passageiro que percorreu a consciência e desaguou no oceano de palavras.