O voo


A gaiola da saudade alçou voo em busca de algum pássaro para habitar.

E em busca do desejo estrelas de dia busca sem nada alcançar,
põe-se a sonhar junto do luar em abismos reveladas em verdades contempladas
em silêncios segredados comunicados ao vento exilado
até descobrir no amanhã o sol que a desperta do misterioso sonho ilusório
e amanhece em seu peito antes de todo o mundo.

Está enferrujada.Talvez seja só a maresia.

A punição é a chama do existir que na simplicidade
a continuidade do infinito encontra que a cada um habita.

Cresceu para descobrir-se menor.
Envelheceu e descobre-se criança.
Entre grades vê ou as gélidas correntes ou o mar tropical.
 
Encontra o lar que de tão perto no coração se escondia
pela brincadeira do cérebro que manipulava a dor que simplesmente não sente,
que engana quem engana
ao ver pássaros livres no horizonte que a cega.

Viver resume-se a tempos de escassez e preciosidades.

O tempo passa para quem não possui asas.