Poema baseado na obra "Quadrado negro sobre fundo branco" de Kasimir Malevich
O quadrado negro do mundo eu sou,
eu pertenço e
vivo ocultado pela incerteza que reina em minha cabeça da realidade do amanhã que nunca chegará.
Muito há de ser descoberto...
reproduzido, aceito e imitado.
O quadrado branco eu serei,
eu pertencerei e
viverei iluminado pela luz metafísica que penetrará na minha abstrata ideia da cabeça concreta.
Sem nada a ser descoberto...
apenas apreciado.
Ainda que eu viva no real
ainda há eu de sair rumo a moldura invisível que me prende
e partir rumo ao abstrato...
(e por que não suprematista?)
Porém a ele eu não pertenço,
a ele sou protegido e vigiado.
A corrupção é o que me prende...
(Um dia sairei dessa prisão e rumo ao desconhecido partirei?)
A corrupção é o que me prende...
(Um dia sairei dessa prisão e rumo ao desconhecido partirei?)