Quadro "Vida e Morte no Homem."



Por entre os traços da vida
caminhos imprevisíveis são tomados
conduzindo-nos a destinos nunca antes imaginados.

Vida e Morte acompanhadas sempre uma da outra
ansiosamente esperam o momento de vencer a disputa
que por meio de traços tão ferozes
além do bem e do mal
o sangue humano percorrem.

No maniqueísmo simplório
preto e branco duelam infinitamente entre si
se esquecendo que entre eles o vermelho,
rosa, vinho e cinza existem
mais uma infinidade de outras cores.

Basta romper o ciclo.
Ciclo distorcido,
dividido,
unido.
Pelo traço do Homem
escrevo e tracejo entre linhas tortas
a inevitabilidade da vida.

O ciclo se interpenetra,
mostrando uma nova visão
da tríade suprema do preto, branco e vermelho que a própria dimensão extrapola.
A mutação da gênese se inicia
no ciclo que parece não ter fim.

As peças se encaixam,
apesar de haver peças que faltam
perdidas pelo tempo e esquecidas.

Pode não fazer sentido agora...
mas no fim tudo vai se encaixar
no circuito perfeito que beira a imperfeição.