O albatroz

                     Enquanto me dispunha calmamente a observar o acizentado pacífico céu, ao mesmo tempo em que evocava um mistério no ar eis que entre as nuvens e a dispersa névoa um ponto se aproxima lentamente.
                     Ao nele me fixar, vejo o ponto ficar cada vez maior e maior até me me espantar pelo colossal tamanho do ponto não mais ponto.Minha superioridade a tal ínfimo ponto se inverte a tal condição que me sinto quase que como o nada.
                     Era um pássaro gigante à primeira vista...e a segunda também; porém...concluí que era um verdadeiro albatroz.Ele vinha e vinha e mostrava-me toda a sua onipotência ao sozinho dominar o céu sem nada a temer.Parecia ver algo e queria, assim, comunicar-me o que via ao me encarar.
                     Ao olhar cuidadosamente me assustei.Parecia demasiado humano para ser algo tão natural, tão espontâneo...
                     E nisso pensava afundado em meus próprios pensamentos até algo parecido como um corpo de um ser humano eu enxergar... impossível àquela distância distinguir se era um homem ou uma mulher.
                     Pois ele, com sua colossal presença calmamente e levemente veio até mim como para finalmente me dizer algo que há tempos calado tentava comunicar em vão a alguém que o ouvisse.Quem sabe alguma revelação que só ele pode me revelar e me confiar?
                     Ele se aproximou e confirmou minhas suspeitas...até completou-as para o meu total espanto...
                     O ponto não era o albatroz.O albatroz era o homem que com sua imaginação alçava voo ao buscar novos mundos e tempos.
                     Quando tentei olhá-lo ao finalmente me desprender e à superfície padecer de meus pensamentos frente à tamanha surpresa nada mais via no infinito contido céu.O Sol me cegava...apesar de já ter em minhas mãos um óculos de sol.
                     O albatroz estava extinto!