Bolhas de sabão

Tão belas por fora
e vazias por dentro.
Vi-me no reflexo côncavo do mundinho em que vivo:
virtual
e elíptico.

Quem sabe me mudando
de lugar,
morada,
pensamento
não viva em um mundo cheio de ar?

De mundinho em mundinho
sempre escapando do inevitável final,
pertencendo a nenhum lugar a não ser o todo
vejo a efemeridade em um piscar de olhos
seguido de outros banhados em límpida água cristalina poluída em sabão de sete cores.

Há sempre outras opções,
sempre há....
mesmo que tenha o mesmo fim de sempre,
o sempre sempre continua sendo o sempre de sempre...

Ainda bem...
Ainda bem que o bem às vezes sempre vence o mal.
E não é exagero afirmar
que o sempre sempre tem um final.