A dança da eternidade

Do infinito a metade fez a oitava,
dois terços, a quinta
e três quartos, a quarta.
E juntas o divino com sua música de silêncio o tempo movimentou
criando o compasso que rege a dança da eternidade com seus mistérios
e o passo da humanidade,
com seus pulsos e repousos que preenchem batidas do coração
e uma razão para existir,
ao descobrir a efemeridade que pode vir a ser eterna
e a eternidade que pode vir a ser uma maldição.

Não há nada mais profundo que não caiba em um violão
banhado pelas ondas das cordas quentes de sol, lá
e pela fria dó...e da duvidosa si
por energia que se propaga hipnoticamente
transformando e transformando-se por onde passa.

A música que rege a dança ou o contrário
rege a batida da vida
e com erros ou perfeições
a cada segundo vivido, morre-se
e a cada futuro morto, vive-se para a eternidade
como a dança e os passos que conduziram novos passos...

A música marcou um momento
e a dança, um tempo.